Andar
de bicicleta por prazer e lazer, para se sentir bem, gozando a
companhia dos amigos, tem um bom argumento: melhoria da saúde física
e mental. A prática do ciclismo, tem enormes benefícios para a
saúde.
Aqueles
que andam de bicicleta com regularidade procuram-nos menos nas
consultas. Muitos daqueles que apresentam mal estar, como dores
lombares, sobrecarga ponderal ou risco de doenças cardiovasculares,
bem podem investir na sua saúde usando a bicicleta.
Mesmo
que se comece numa idade mais avançada efetuando o exercício
regularmente, os resultados vão sempre visíveis ao fim de poucas
semanas.
O
QUE FAZ A BICICLETA PELA SAÚDE?
Óptimo
tonificante para coração e aparelho cardiovascular
Se
passear de bicicleta de uma forma regular reduzirá o risco de
enfarte em 50%. Com o exercício do pedalar, o ritmo cardíaco
aumenta e a tensão arterial diminui. Baixa o colesterol, de forma
que os vasos sanguíneos venham a ter menos probabilidade de
obstrução. Os vasos sanguíneos permanecem flexíveis e saudáveis
se movimentar as pernas todos os dias.
Para a máxima
eficiência do exercício recomendamos que faça um trabalho de
intervalos com mudanças de ritmos frequentes. É o tipo de treino
que mais rapidamente tem efeitos na condição física. Aqueça a um
ritmo suave, com uma cadência de pedalar alta, alcance o ritmo de
rodagem. Depois a cada 15 minutos, intercale aumentos de intensidade
de 3 a 4 minutos de duração durante os quais a pulsação ir-se-há
alterar consideravelmente (80 a 85% das pulsações
máximas).
Compense com alguns exercícios de abdominais,
contraindo esta zona com as pernas flectidas cada vez que pedalar.
Assim terá na bicicleta umas melhoras das actividades para os que
sofrem dores de coluna. Mas há que ter em atenção a posição que
se adopta por cima do selim se tiver dores. Uma má postura pode
ajudar a intensificar as dores na zona lombar, prejudicando ainda
mais a saúde. Deverá sentir-se bem em cima do selim, caso contrário
poderá prejudicar a sua condição física.
Melhorando
a coluna vertebral
Quando
se adopta a postura óptima no selim, com o tronco ligeiramente
inclinado para a frente, a musculatura da coluna está sobre baixa
tensão e vê-se obrigada a estabilizar o tronco. Muitas dores de
costas provêm da inactividade, que reduz a alimentação dos discos
intervertebrais e estes, por sua vez, vão perdendo a capacidade de
amortecer os impactos. Além disso, a falta de exercício faz com que
a musculatura da coluna se vá atrofiando, diminuindo
consideravelmente a função de “mola”.
Os movimentos
regulares das pernas fortalecem a zona lombar, prevenindo o
aparecimento de hérnias discais e mantendo a coluna protegida por
vibrações e pancadas. O ciclismo estimula os pequenos músculos das
vértebras dorsais (muito difíceis de movimentar noutro desporto),
ao fazer constantemente que se comprimam e alonguem com o movimento
do pedalar.
Evitar
o desgaste das rótulas
A
diferença para as actividades físicas onde existe impacto no solo,
como os saltos ou a corrida é que, por cima da bicicleta, as rótulas
estão protegidas, pois 70 a 80% do peso do corpo exerce a força da
gravidade sobre o selim. O impacto excessivo de alguns desportos
diminui a acção líquido articular ou sinovial, substância muito
viscosa que contribui para a lubrificação das articulações,
facilitando os movimentos. A bicicleta será, para alguns casos, a
melhor alternativa à corrida, com benefícios físicos muito
similares e sem tanto desgaste articular.
Prevenir
as infecções e o cancro
Cada
vez que passeia de bicicleta, está a estimular o sistema
imunológico. Os anticorpos do organismo mobilizam-se de forma
imediata graças ao pedalar para destruir bactérias e células
cancerígenas. Esta é a razão pela qual se recomenda andar de
bicicleta a doentes cancerosos e seropositivos.
Os
esforços moderados reforçam o sistema imunitário, enquanto que os
de intensidade máxima debilitam-no. Se está exposto a factores de
risco (frio, pessoas infectadas, poucas horas de sono...), não
execute trabalhos muito intensos, espere que as reservas de energia
fiquem equilibradas para desenvolver este tipo de esforços.
O
ciclismo com anti-depressivo
O
cérebro fica mais oxigenado, permitindo-lhe pensar melhor. O seu
corpo segrega endorfinas, as hormonas que dão uma sensação de bem
estar, podendo tornar-se num vício saudável.
Está provado
que aqueles que andam de bicicleta regularmente sofrem menos doenças
do foro psicológico como depressões, por exemplo. Pedalar é um dos
melhores anti-depressivos naturais que existem.
As endorfinas,
também chamadas hormonas da felicidade, são geradas com a prática
de exercício físico, de forma mais notável quando se passa mais de
uma hora em cima da bicicleta.
Dr.
António José Leitão
Canotilho
Médico
assistente graduado de clínica geral
Além de fazer um bem enorme para a saúde o ciclismo de um modo geral é uma ótima forma de lazer.
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