Depois
de um dia duro de trabalho, para muitos, a noite é o único momento
que se pode sair para pedalar. Pedaladas noturnas são uma excelente
alternativa para quem não tem essa oportunidade durante o dia ou
quer fugir do trânsito nas grandes cidades. A temperatura é
agradável, o trânsito de veículos é menor, não há o perigo dos
raios nocivos do sol e ainda sobra mais tempo de curtir os amigos e a
bike
Grupos
noturnos existem em quase toda grande cidade brasileira e a maioria
tem dias fixos na semana para os encontros. Aqui em Belo Jardim, por
exemplo, há pedaladas noturnas semanalmente todas as quartas-feiras (passeio) e sextas-feiras (trilhas). Com aqui é uma
cidade do interiorana, os bikers têm fácil acesso às estradas de
terra o que nos permite alternar entre passeios e trilhas noturnas.
OS
PERIGOS
Pedalar
à noite exige cuidados especiais. O ciclista fica menos visível
para os carros e a escuridão encobre os perigos da rua.
De
acordo com um estudo conduzido nos EUA por Kenneth D. Cross e Gary
Fisher, em 1977, os três tipos de acidentes mais comuns à noite
são: o ciclista não vê um obstáculo (buraco, pedestre, pedra etc)
e colide contra ele ou contra outro ciclista (normalmente ambos estão
sem iluminação). E no terceiro, e pior caso, se envolve em um
acidente com um veículo a motor.
O
estudo indica ainda que 70% das ocorrências noturnas entre carros e
bicicletas são colisões frontais ou atropelamentos em cruzamentos,
num ângulo de 90º. Em apenas 21% dos acidentes noturnos entre bikes
e carros o ciclista é atingido na traseira.
Segundo
Kenneth e Fischer, o uso de farol na bicicleta seria o único meio de
evitar acidentes noturnos em 80% dos casos de acidentes entre
bicicletas e carros causados pela escuridão.
OS
CUIDADOS
O
ciclista deve fazer de tudo para ver e ficar mais visível no
trânsito. Em alguns países o uso do farol dianteiro é obrigatório
nas pedaladas noturnas. Nos Estados Unidos, os institutos de
segurança no trânsito estimam que cerca de 75% dos ciclistas
noturnos não utilizam um sistema adequado de iluminação.
O
Código de Trânsito Brasileiro obriga a bike a possuir refletores na
dianteira, traseira e nas laterais. Bikers prudentes devem investir
em equipamentos e alguns cuidados para aumentar a própria segurança.
Usar
apenas os refletores do tipo “olho de gato” deixam o biker
vulnerável a acidentes. Por razões ópticas, a luz emitida pelos
refletores abrange um ângulo de apenas 40º graus (20º para cada
lado). Fora desse espectro o ciclista estará totalmente invisível
para os motoristas. Usar um sinalizador de luz vermelha na traseira
vai aumentar bastante a segurança do ciclista. Especialistas
garantem que pisca-pisca rápido é mais seguro que sinalizadores com
luz contínua ou que piscam lentamente.
Na
dianteira, qualquer farol é melhor do que nenhum e o ideal é que o
ciclista adote também o uso de uma luz branca na dianteira para que
seja visto por automóveis e pedestres.
Via
de regra, a 25 km/h um ciclista precisa de um farol com uma lâmpada
halógena de 12 Watts de potência no mínimo (a 12 km/h uma lâmpada
de 3W é o bastante). Nossos olhos se adaptam à escuridão e, em
estradas muito escuras temos a capacidade de ver bem mais longe,
mesmo com a iluminação de um farol halógeno de 3W. Entretanto, nas
pedaladas urbanas, a iluminação pública e os faróis dos
automóveis inibem a adaptação dos olhos e o ideal é usar um farol
mais potente.
SISTEMAS
E TECNOLOGIAS
Os
primeiros faróis a carbureto usavam como combustível o gás
acetileno, produzido da reação da água com o carbureto de cálcio.
Depois vieram os eficientes faróis a dínamo. Ligados diretamente no
pneu traseiro, o dínamo alimentava lâmpadas de filamento comum com
corrente contínua ligadas a lâmpadas incandescentes de até 6
Watts. Esses são produzidos até hoje, mas têm o inconveniente de
“pesarem” na pedalada e a intensidade da luz depende diretamente
da velocidade da bike.
Atualmente
os melhores sistemas de iluminação utilizam pilhas alcalinas ou
baterias recarregáveis que alimentam lâmpadas halógenas, xenônicas
ou os modernos LEDs, que são a última palavra em iluminação.
“Numa
lâmpada incandescente comum, apenas 3% da energia consumida vira
luz, o resto vira calor.
No
caso dos LEDs, 30% da energia se transforma em luz, por isso são bem
mais eficientes”, explica João Vassallo. Um farol com lâmpada LED
ilumina o equivalente a quase dez vezes um farol com lâmpada
halógena.
Watt
é a unidade que mede a potência (Watt = volts x amperes) e não a
intensidade da luz emitida. Por isso a comparação em Watts só pode
ser feita entre faróis com lâmpadas da mesma tecnologia. A
intensidade da luz é medida em lumens e é a relação lúmen por
Watt (l/W) que vai determinar a eficiência de um farol. A
intensidade da luz de um farol depende de fatores como a cor da luz,
a sensibilidade dos olhos para aquela cor, o conjunto ótico e as
lentes do farol. As lâmpadas
incandescentes de até 6 Watts. Esses são produzidos até hoje, mas
têm o inconveniente de “pesarem” na pedalada e a intensidade da
luz depende diretamente da velocidade da bike.
Atualmente
os melhores sistemas de iluminação utilizam pilhas alcalinas ou
baterias recarregáveis que alimentam lâmpadas halógenas, xenônicas
ou os modernos LEDs, que são a última palavra em iluminação.
“Numa
lâmpada incandescente comum, apenas 3% da energia consumida vira
luz, o resto vira calor.
No
caso dos LEDs, 30% da energia se transforma em luz, por isso são bem
mais eficientes”, explica João Vassallo. Um farol com lâmpada LED
ilumina o equivalente a quase dez vezes um farol com lâmpada
halógena.
Watt
é a unidade que mede a potência (Watt = volts x amperes) e não a
intensidade da luz emitida. Por isso a comparação em Watts só pode
ser feita entre faróis com lâmpadas da mesma tecnologia. A
intensidade da luz é medida em lumens e é a relação lúmen por
Watt (l/W) que vai determinar a eficiência de um farol. A
intensidade da luz de um farol depende de fatores como a cor da luz,
a sensibilidade dos olhos para aquela cor, o conjunto ótico e as
lentes do farol.
TIPOS DE LÂMPADAS
São
pelo menos quatro os tipos de lâmpadas mais usadas em faróis:
INCADESCENTE
As
lâmpadas mais simples são as com filamento de tungstênio. Faróis
com esse tipo de lâmpada são baratos, mas consomem muita energia e
iluminam pouco.
HALÓGENA
As
lâmpadas halógenas, usada na maioria dos faróis dos automóveis
atuais, produzem uma luz mais intensa que as comuns. Muitos faróis
para bikes utilizam esse sistema. O preço é acessível, consomem
menos energia que uma lâmpada comum e a iluminação é
satisfatória.
XENON
As
lâmpadas do tipo HID (High Intense Discharge), também chamadas de
Xenon, emitem uma luz branco-azulada e são até cinco vezes mais
fortes que as halógenas. A luz emitida é realmente muito forte, por
isso é perfeita para competidores. Mas elas têm alguns
inconvenientes: custam caro, consomem muita energia (portanto exigem
grandes baterias), as lâmpadas têm vida curta e um pequeno retardo
na hora de acender.
LED
A
última palavra em iluminação são as lâmpadas do tipo LED (Light
Emitting Diode) que garantem a melhor relação lm/W na atualidade.
Com uma elevada vida útil, baixo preço e consumo de energia, e alta
capacidade de iluminação, os faróis do tipo LED avançam
rapidamente no mercado automotivo com as chamadas super-LEDs, já
presentes nos faróis e nas luzes traseiras de muitos carros
europeus. Para se ter uma idéia, um farol de LED com 1W de potência
já é o suficiente para pedalar tranqüilamente e com segurança. Na
traseira, um sinalizador com 0.5W já dá conta do recado.
BATERIAS
“A
potência de um sistema de iluminação está limitado à quantidade
de energia que você consegue levar”, ensina João Vassallo. Ou
seja, faróis que consomem muita energia vão precisar de uma grande
bateria. Por isso é interessante optar por um farol de boa
iluminação que consuma pouco. Novamente, os faróis a LED levam
vantagem.
As
baterias evoluíram muito nos últimos anos, ficaram mais leves e
duram mais tempo. Atualmente, as baterias e pilhas recarregáveis de
íon de lítio (usadas em câmaras fotográficas digitais e
notebooks) são mais eficientes, têm vida útil maior e não sofrem
do efeito memória das antigas níquel-cádmio e NiHM.
DICAS
PRÁTICAS
- Uma boa dica é conduzir a bike imaginando que você está invisível aos carros. Portanto transite com atenção redobrada e em velocidade baixa, especialmente nos cruzamentos e em lugares com grande concentração de pedestres;
- Use roupas claras. Usar roupas escuras à noite para pedalar é camuflar-se na escuridão. A ordem é ficar o mais visível possível;
- Vale a pena colocar também adesivos refletivos extras na bike e no capacete. Em caso de queda seguida de desmaio, os refletores tornam o ciclista bem mais visível no chão. As fitas da marca 3M Scotchlite são consideradas as com melhor reflexão de luz. Aplique em locais estratégicos da bike como nos stays traseiros, pedais, garfo, capacete etc. Além de custar pouco e não pesar nada, aumentam consideravelmente a visibilidade da bike;
- No mercado existem faixas refletivas para serem presas nos braços e pernas por meio de velcro. São baratas e aumentam a visibilidade do biker no trânsito. Outra opção é o uso de coletes refletivos;
- Procure transitar por ruas de menor movimento de veículos;
- Nos finais de semana, especialmente nas noites de sexta-feira e sábado, tome cuidado especial com motoristas alcoolizados próximos a bares e casas noturnas;
- Óculos com lentes amarelas ajudam na visão noturna e diminuem o ofuscamento dos faróis em sentido contrário;
- Faróis presos no capacete (os chamados headlamps) são uma boa opção para o mountain bike, pois o ciclista pode guiar facilmente o foco de luz para onde deseja;
- Em pedaladas longas, seja no asfalto ou na terra, leve sempre um jogo de pilhas de reserva e até mesmo um pequeno farol reserva;
- Pedalar em grupos aumenta a segurança, tanto contra acidentes quanto contra roubos e assaltos;
- Ao pedalar em grupo, evite ocupar uma faixa inteira do trânsito, pois isso pode irritar os motoristas. Pedalar em fila indiana e à direita da via é o que manda a lei.Assim como no município de Belo Jardim, existem pelo Brasil a fora inúmeros grupos de ciclismo que realizam Pedal Noturno. Um dos pioneiros em passeios ciclísticos urbanos noturnos no Brasil é o Clube Sampabikers (www.sampabikers.com.br) Todas as quartas o grupo sai às 21 horas na Camelo Pizzaria Itaim (Av. Pres. Juscelino Kubitschek, 151). Os grupos são divididos em três níveis, de acordo com o nível de condicionamento físico do ciclista. Para participar, o biker deve adquirir a camisa de ciclismo do clube.Em se tratando dos Amigos do Pedal daqui da cidade de Belo Jardim não se faz necessário aquisição de nenhuma camisa exclusiva do nosso clube, apenas a aquisição de equipamentos de segurança (capacete e luvas no mínimo) e se o ciclista desejar participar dos nossos eventos noturnos de equipar a sua bike com o devido sistema de iluminação (farol dianteiro, sinalizador traseiro, etc.) e respeitar as determinações dos guias e as leis de trânsito.
NOTA AOS AMIGOSGalera infelizmente ontem a tarde sofri um acidente na Praça de Eventos, nas proximidades do Tomas Alves, mas não estava participando de nenhum evento do clube, apenas pedalando na qualidade de ciclista urbano. Levei trancão um motoqueiro que vinha em alta velocidade e acabei levando um belo tombo e desmaiando no local, sendo posteriormente socorrido ao hospital, mas não pelo causador do acidente e sim por minha filha e amigos. Mas apesar do susto e de um pouco de dor devido as várias lesões e principalmente a pancada na cabeça eu estou bem e já tomando a devida medicação. Pra falar a verdade eu só me machuquei mais porque infelizmente, só faço uso dos meus equipamentos de segurança quando estou participando das atividades do clube e não no meu dia a dia como a maioria de nós, o que sei que é errado. Nas fotos abaixo da para vocês terem uma ideia de como estou no momento.
Por: Geovane Bezerra
Rapaz eu sei que para os ciclistas fazer uso diário do capacete é bem difícil principalmente se residem em cidades interioranas onde o trânsito costuma ser calmo, mas acidente não tem hora e nem lugar para ocorrer e por isto devemos estar sempre prevenidos.Ainda bem que você sofreu apenas algumas escoriações mas poderia ter ocorrido algo mais sério, então se serve de alguma coisa vai aqui a dica de um ciclistas de mais de 70 anos e com uma experiência de mais de 60 em cima de uma bicicleta. Segurança sempre não importa para onde vamos nos deslocar, seja para a padaria da esquina, para escola dos nossos filhos ou para um passeio, devemos sempre estar fazendo uso do nosso equipamento de segurança. Um abraço, tenha uma boa recuperação e parabéns pelo blog e o clube, mas faça um esforço e de o exemplo.
ResponderExcluirÉ meu caro Aristóteles eu mais do que ninguém sei dos benefícios do uso dos equipamentos de segurança para o ciclista no dia a dia, pois sou natural de Recife e lá o trânsito é bem complicado e para se deslocar com segurança seja para onde for é necessário estar devidamente protegido. O que ocorreu foi realmente acomodamento por minha parte já que aqui na cidade de Belo jardim onde resido já há um bom tempo o trânsito é calmo e existe sim um certo respeito por parte dos motoristas e motociclistas por nós ciclistas, mas como toda regra tem exceções eu fui vítima de um destes que não estão muito afim de se preocupar com pedestres ou com qualquer outra pessoa, nem mesmo com ele próprio. Mas na qualidade de fundador de um clube de ciclismo tenho sim que dar o exemplo e assim que os ferimentos da cabeça me permitirem colocar o capacete passarei a só andar de bicicleta devidamente equipado, em respeito a todos os meus companheiros de pedal.Obrigado pelo puxão de orelhas, afinal de contas não é todos os dias que temos a oportunidade de nos deliciar com palavras sábias vindas de uma pessoa com tanta experiência. Muito obrigado e sempre que possível comente nossas postagens, pois são dos comentários dos blogueiros que melhoramos a qualidade do nosso trabalho e aperfeiçoamos as nossas atividades no clube.
ExcluirAdorei as informações de como devemos proceder para participarmos de maneira segura de um passeio noturno de bike. Ando de bicicleta aos finais de semana nas praças e parque de minha cidade, mas tenho vontade de me juntar a algum grupo de ciclismo e vendo as fotos de vocês esta vontade só aumenta. Por favor se vocês souberem de algum grupo de ciclismo existente no município de Garanhuns aqui em Pernambuco, por favor me informem através deste blog. Agradeço desde já a colaboração e desejo uma boa recuperação ao ciclista que se acidentou.
ResponderExcluirMeu muito obrigado a você Rosângela por se preocupar com a minha saúde e pode ficar tranquila e atenta as próximas postagens deste blog, pois estaremos fazendo o possível para lhe atender a sua solicitação de informações sobre grupos de ciclismo de Garanhuns.
ExcluirNão sei se vocês ai em belo Jardim passam por este tipo de problema, mas nós aqui em Santa Cruz do Capibaribe sempre passamos, o fato é o seguinte. Volta e meia algumas crianças e adolescentes que costumam perambular de bicicleta pelas ruas querem se juntar a nós nos nossos passeios noturnos o que nos causa bastante transtornos pois não permitimos que eles nos acompanhem e muitas vezes somos xingados e alguns inclusive chegaram a jogar objetos em nós querendo pedalar com a gente de todo jeito. Para evitarmos problemas maiores pedimos a ajuda do Conselho Tutelar e a nossa sugestão para vocês é que se por ventura vocês estiverem tendo dificuldades em afastar esta garotada dos seus pedais, não discutam e nem se deixem vencer pelo cansaço permitindo que eles se misturem a vocês, procurem o Conselho Tutelar que eles entrarão em contato com os familiares destas crianças para dar uma solução. Um abraço e parabéns pelo grupo.
ResponderExcluirPessoal segurança sempre, não importa o dia ou a hora. Para muitos ciclistas usar o capacete o dia a dia é um incômodo "não sei porque", mas é necessário ele saber que não existe hora e nem lugar para um acidente ocorrer e se você não estiver devidamente protegido as consequências poderão ser bastante sérias e na maioria das vezes o são. Então meu caro Geovane espero que daqui por diante você só pedale usando o mínimo o capacete e lembre-se de que você é o cabeça de um clube de ciclismo e que deve dar o exemplo. Espero não estar sendo inconveniente mas é que gosto muito de ciclismo e tenho um carinho forte por vocês ai dos Amigos do Pedal de Belo Jardim. Um abraço.
ResponderExcluirJuarez,
ExcluirJá demos muitos puxões de orelha no Geovane por causa deste incidente e por ser ele que sempre exige o uso dos equipamentos de segurança.
Olha e ele aprendeu, se vai na esquina de bicicleta comprar pão, vai de capacete.
Vlw pelo apoio
RMS MODA ESPORTIVA
Amaro Neto
(81) 3726-3752