6 de set. de 2012

NOTÍCIAS DO CICLISMO E CURIOSIDADES DOS JOGOS PARAOLÍMPICOS DE LONDRES 2012

Zanardi ganha ouro no ciclismo na Paraolimpíada

Italiano ja foi tricampeão da Formula Indi

O italiano Alessandro Zanardi, ex-piloto das Fórmulas 1 e Indy, ganhou com facilidades a medalha de ouro em uma das provas do ciclismo dos Jogos Paraolímpicos de Londres, nesta quarta-feira, em Londres.

Zanardi venceu a categoria H4, contrarrelógio, modalidade conhecida como handbike.Ele fechou a prova com 24min50s22, contra 25min17s40, do segundo colocado, o alemão Noberbert Mosand. O bronze ficou com o norte-americano Oscar Sanchez, com 25min35s26.

"É uma das maiores realizações da minha vida. Trabalhei muito duro para chegar até aqui, e é ótimo viver isso aos 45 anos", falou. "Foi muito bonito e também difícil", continuou.

O italiano perdeu as pernas em um grave acidente em setembro de 2001, após bater em uma prova da Indy [Cart, na época] em Lausitz, na Alemanha. Na volta após uma escapada de pista, Zanardi foi atingido em cheio pelo canadense Alex Tagliani a quase 300 km/h. A colisão dividiu o carro do futuro paraolímpico em dois e por pouco não tirou a sua vida.

Zanardi ficou com quase um litro de sangue em seu corpo após o acidente e relata ter ouvido manifestações incrédulas de médicos, que não entendiam como o piloto escapou vivo de uma cena tão assustadora.

Depois do acidente, Zanardi conseguiu uma impressionante adaptação e chegou a voltar às pistas em carros adaptados, em categorias de turismo. Em 2007, conheceu a handbike, espécie de bicicleta de três rodas impulsionada por movimentos de mãos.

Após apenas quatro semanas de treinamento, Zanardi chegou em 4º lugar na Maratona de Nova York de 2007, na categoria correspondente. O italiano conseguiria vencer a prova três anos depois, se credenciando para disputar os Jogos Paraolímpicos, hoje aos 45 anos.

10 CURIOSIDADES SOBRE AS PARAOLIMPÍADAS
O símbolo dos Jogos Paraolímpicos é diferente dos anéis olímpicos.

Os Jogos Olímpicos de Londres atraíram a atenção internacional e foram considerados um sucesso. Com isso, a partir desta quarta-feira, com o início dos Jogos Paraolímpicos, a expectativa volta a aumentar.
A BBC Brasil preparou um guia com dez curiosidades e as principais diferenças entre os dois eventos.

Anéis olímpicos

Apesar de soar parecido, e a palavra Paraolímpico terminar em "olímpico", estes jogos não são Olímpicos e os clássicos anéis olímpicos não são o símbolo destes jogos.
No lugar, há o Agitos, três arcos em vermelho, verde e azul que representam o lema Paraolímpico, "espírito em movimento".

COI e CPI, entidades diferentes

O Comitê Olímpico Internacional (COI) e o Comitê Paraolímpico Internacional (CPI) são entidades diferentes.
Os primeiros Jogos Paraolímpicos Internacionais ocorreram em Roma, uma semana depois dos Jogos Olímpicos de 1960, que ocorreram na capital italiana.
Mas em 1968, a Cidade do México, sede dos jogos daquele ano, se recusou a ser a sede dos Jogos Paraolímpicos e eles foram realizados em Tel Aviv. A partir daquele ano, os Jogos Paraolímpicos ocorreriam em cidades diferentes dos Jogos Olímpicos.
Nos jogos de 1988, a cidade de Seul assumiu a realização também dos Paraolímpicos e, desde então, os dois jogos ocorrem na mesma cidade. Em 2001 este arranjo foi oficializado e as cidades que querem sediar os jogos precisam se candidatar para os dois.

Classificações

Nos Jogos Paraolímpicos um corredor cego não vai competir contra alguém que tenha paralisia cerebral. Mas, uma pessoa com paralisia cerebral poderá competir com alguém que tenha problemas de crescimento.
Os atletas precisam passar por testes de função e movimento com um profissional de medicina esportiva para receberem a classificação para jogar.
Natação, por exemplo, tem 14 classes. As variações classificadas como S1 a S10 cobrem problemas físicos, com o nível 10 sendo o que tem menos problemas e estas variações vão desde pessoas amputadas e que sofreram trauma na coluna indo até pessoas com nanismo.
As variações entre S11 e S13 se referem a atletas com problemas visuais e S14 para os que possuem deficiências intelectuais.
E as categorias se dividem ainda mais quando se levam em conta estilos de natação, como nado costas ou borboleta.
Um dos efeitos destas divisões e subdivisões é que na natação dos Jogos Paraolímpicos serão distribuídas um total de 148 medalhas de ouro. Muito mais comparadascom as 34 dos Jogos Olímpicos.

Mesmos esportes, porém diferentes

Existem esportes que apenas portadores de deficiência participam, mas a maioria dos eventos Paraolímpicos podem ser reconhecidos por quem acompanha os Jogos Olímpicos.
Natação, ciclismo e atletismo ocorrem de uma forma parecida com os Jogos Olímpicos, porém divididos em várias modalidades diferentes (atletas com próteses, cadeiras de rodas ou guias humanos, por exemplo).
O futebol para cegos é outro exemplo e tem várias diferenças: a bola tem um guizo para que os atletas sigam o som, dois times de cinco jogadore cada disputam o jogo em uma quadra.
A área de jogo é menor e cercada, para evitar que a bola saia de campo e também para refletir os sons da bola e dos passos, o que ajuda na orientação dos jogadores.
O goleiro não é cego mas não tem permissão para sair de sua área. Um "guia", que também não é cego, fica atrás do gol direcionando os jogadores.
Os jogadores usam comunicação sonora com termos específicos com gritos como "voy", palavra em espanhol que significa "vou", que funciona como um aviso que um jogador vai para cima de outro. E, para que tudo funcione, a torcida tem que ficar em silêncio.

Esportes exclusivamente Paraolímpicos

Um dos esportes exclusivos dos Jogos Paraolímpicos é o goalball, jogado por dois times com três jogadores cegos ou com deficiências visuais de cada lado. A quadra é retangular e tem marcações táteis.
O objetivo é atirar uma bola pesada, que tem guizos para orientação dos atletas, na rede do time adversário, enquanto a defesa tenta bloquear o avanço do time adversário com o próprio corpo.
Outro esporte exclusivo é a bocha, praticado de forma competitiva em mais de 50 países. Disputada em uma quadra fechada, pode ser jogada individualmente, em pares ou equipes.
Os atletas rolam, atiram ou chutam as bolas para fazer com que elas cheguem perto do alvo.
Este jogo foi introduzido originalmente para pessoas com paralisia cerebral. Mas, com o passar dos anos, também incluiu jogadores com outros tipos de problemas motores.

Acessibilidade

Foram necessários cinco dias para transformar a Vila Olímpica de Londres em uma Vila Paraolímpica.
A capacidade de receber cadeiras de rodas nos locais de jogos foi aumentada com a remoção ou transferência de cadeiras. Torcedores cegos vão receber guias em áudio e os que tiverem problemas de audição ficarão sentados em locais com uma visão direta de telões.
Chris Holmes, diretor de integração paraolímpica, afirmou que tudo já tinha sido planejado na Vila Olímpica para receber os Jogos Paraolímpicos, com banheiros acessíveis, sinalização e pisos adaptados.

'Tapper'

Um dos elementos mais importantes nas competições de natação com atletas cegos é o "tapper", um assistente do nadador. Um deles é posicionado em cada ponta da piscina com um bastão longo equipado com uma bola de espuma ou material macio na ponta.
Estes bastões tocam a cabeça do nadador para avisar quando eles se aproximam do fim da piscina, para evitar que eles batam na parede.
"Tocamos o nadador quando eles estão entre dois ou quatro metros do fim da piscina", disse à BBC Marcelo Sugimori, um dos dois tappers da equipe Paraolímpica do Brasil.
Sugimori era o tapper de sua irmã, Fabiana, medalha de ouro nos 50 metros freestile em Atenas, em 2004. Agora ele trabalha com outros dois nadadores cegos e parcialmente cegos.
"É preciso muito treinamento e muita confiança", acrescentou.

Guias e corredores

Corredores cegos ou parcialmente cegos podem competir com um guia. Geralmente eles correm junto com os atletas, em alguns casos atados por um cordão ao atleta e funcionam como os olhos do corredor.
O guia fala com o atleta durante a corrida explicando onde eles estão, alertando sobre curvas e orientando se o atleta deve acelerar ou não. Cada um, atleta e guia, tem uma faixa exclusiva para correr.
Em algumas categorias, como T12, de atletas com alguma visão, os corredores podem escolher se querem ou não o guia.
A maioria das corredoras tem guias masculinos, já que um guia precisa ter a habilidade de correr mais rápido que a atleta.
A regra de ouro é que o guia não pode cruzar a linha de chegada antes do atleta, pois o atleta poderá ser desclassificado.
No entanto, não são apenas corredores que usam os guias. Salto triplo e salto em distância também usam guias, mas estes não correm. Eles apenas gritam os comandos para direcionar os atletas no salto.

Idade

Alguns dos melhores atletas paraolímpicos não se encaixam no perfil de idade mais comum entre atletas olímpicos.
Um exemplo é o campeão de tênis em cadeira de rodas britânico, Peter Norfolk, tem 51 nos. Ele conquistou a medalha de ouro em Atenas e Pequim, está em terceiro no ranking mundial da categoria e vai levar a bandeira na cerimônia de abertura.
Alguns atletas ultrapassam os 70 anos.
Uma das razões é que os atletas podem ter chegado ao máximo do desempenho no esporte escolhido mais tarde do que atletas que não tem nenhuma deficiência como resultado de ter escolhido o esporte como parte de um programa de reabilitação, depois de sofrerem algum acidente que gerou a deficiência.
Mas, pode ser mais complicado. O grupo de atletas portadores de deficiência é menor do que o grupo dos atletas olímpicos devido à falta de oportunidade. Seja pela falta de acesso físico a instalações esportivas ou à falta de percepção de professores de educação física ou daqueles que apoiam pessoas com deficiência em geral, que não notam que portadores de deficiência podem ser extremamente capazes de excelência nos esportes.

Doping

Os atletas paraolímpicos são submetidos à mesma lista de substância proibidas dos atletas olímpicos. Um atleta que precise tomar remédios para dor ou para algum tipo de tratamento precisa entrar com um pedido de isenção.
Cada pedido vai ser analisado individualmente por um comitê médico, como é feito entre atletas olímpicos.
E a isenção é dada apenas com uma dosagem definida do medicamento e durante um período específico. Os atletas que tomam os medicamentos precisam provar que não existe alternativa.

AMANHÃ
ATENÇÃO - Não é um pedal para iniciantes.

10 Dicas importantes para quem vai participar deste pedal:

1ª - Antes de sair de casa, faça uma verificação geral na sua bicicleta para ver se não há nada de errado com ela.
2ª - Não espere pelos outros, procure levar os seus quites de ferramentas e de primeiros socorros.
3ª - Verifique se está de posse de câmara de ar de reserva, como também cola e remendo frio.
4ª - É aconselhável levar também cabos de freio e de marcha sobressalentes.
5ª - Conferir se está de posse de todos os equipamentos de segurança e de sinalização da bicicleta (se for o caso).
6ª - Procure se alimentar adequadamente e não esqueça de levar alguns alimentos (banana, doce, barra de cereal, etc. para reposição de cálcio e demais substâncias que perdemos durante o percurso.
7ª - A hidratação durante todo o percurso é de extrema importância, por isso não esqueça de levar sua garrafinha de água, sua mochila de hidratação ou a sua garrafa térmica.
8ª - Atenção para o vestuário, se você ainda não possui roupas apropriadas, procure usar roupas que lhe proporcionem conforto e que não sejam de tecido grosso que provoque transpiração excessiva.
9ª - O aquecimento antes do início de qualquer atividade física é fundamental e com o ciclismo não é diferente, portanto antes de iniciar o pedal faça ao menos dez minutos de alongamento como forma de aquecimento.
10ª - Em toda trilha ou passeio existe um guia ou batedor que segue a frente do grupo mostrando o caminho, este não deve ser ultrapassado pelos demais ciclistas, principalmente por aqueles que não conhecem bem o percurso, da mesma forma não devemos deixar nenhum ciclista isolado lá atrás, é muito importante que sempre fique alguém junto com quem estiver lá atrás pois este pode vir a precisar de ajuda e está tem de estar próxima dele.

APOIO 


FIQUE POR DENTRO


Por: Geovane Bezerra

6 comentários:

  1. Gostaria de saber sobre o desempenho dos ciclistas brasileiros nesta paraolímpíadas.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Caro Juvenal infelizmente estou com um pouco de dificuldade para obter informações sobre os nossos ciclistas, mas estou pesquisando e assim que tiver algo de concreto publico. Valeu pelo comentário.

      Excluir
    2. Alô Juvenal, Olha os Jogos Paraolímpicos terminaram e infelizmente as únicas notícias sobre os paraciclistas brasileiros que eu pude colher na rede foi aquela sobre a polêmica envolvendo uma campanha na Internet que tenta adquirir recursos para a compre de uma bicicleta para um de nossos representantes no paraciclismo, na mais não consegui saber de nada. Desculpe não ter conseguido te responder a contento. Um abraço e continue blogando com a gente.

      Excluir
  2. Galera hoje o nosso clube já conta com mais de 50 ciclistas e até agora o nosso blog conta com apenas 17 seguidores e destes nem todos são ciclistas e muito menos fazem parte dos Amigos do Pedal, por isso peço a todos que fazem parte do nosso grupo e que possuem computador e Internet que por gentileza se cadastrem e tornem-se mais um seguidor do nosso blog, afinal quanto mais seguidores, mais acessos e no futuro quem sabe alguns patrocinadores fixos para os ossos eventos.Conto com o apoio e com a participação de todos na campanha SEJA MAIS UM SEGUIDOR DOS AMIGOS DO PEDAL BELO JARDIM e convide um amigo.

    ResponderExcluir
  3. Professor Marcelino - Em Juazeiro do Norte CE6 de set. de 2012, 18:30:00

    Meus caros amigos ciclistas, sou professor aposentado e gosto de dar as minhas pedaladas de vez em quando, mas o meu negócio é passear entre cidades conhecendo vários lugares, devagar e sempre. Hoje vocês chamam isto de cicloturismo se não me engano e é esta a minha sugestão para vocês, procurem variar ao máximo as atividades do grupo de vocês e incluam de vez em quando um destes passeios entre cidades, o ideal é sair cedinho e só voltar a tardinha ou em um outro dia, ou ainda dias depois, vai depender de onde se quer chegar. O importante é selecionar entre seus amigos aqueles que gostam deste tipo de atividade e depois marcar uma data determinada para a realização do passeio, eu garanto que quando vocẽs fizerem o primeiro, não irão deixar mais de fazer outros. No momento me encontro na cidade de Juazeiro do Norte no ceará, mas sou de Tacaimbó e tenho muitos conhecidos ai em Belo Jardim e por isso torço para que vocês continuem a oferecer algo de bom para o povo desta bela terra que tanto merece e que muito pouco lhes é oferecido. espero um dia ter o prazer de fazer um longo passeio ao lado de vocês, um abraço.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Meu nobre professor, agradeço seu comentário em nome de todos que fazem parte da família dos Amigos do Pedal e quero dizer que é pretensão de alguns membros realizarem um cicloturismo para o Juazeiro ainda este ano, mas não há nada de concreto ainda. dentre os nossos ciclistas ao menos uns três sempre vão até o Juazeiro quase todos os anos, eu ainda não fui, mas estou pensando seriamente em ir.Já fizemos alguns pedais com destino a cidade onde vossa pessoa reside e espero que no próximo possamos o conhecer pessoalmente. Se desejar deixe um contato para podermos o procurar quando estivermos em Tacaimbó. Obrigado pelo seu comentário.

      Excluir

Apaixonados Pela Natureza