31 de out. de 2012

COMO OS HOLANDESES VENCERAM A DITADURA DO AUTOMÓVEL

Um vídeo de enorme importância para o Brasil mostra como é possível mudar mentalidades e sistemas de transporte
Outras Palavras não publica normalmente material em outros idiomas, mas o vídeo acima (em inglês – para legendas em português, clique em “CC”, sob a tela) merece uma exceção. Precisamente no período em que surge no Brasil uma forte mobilização em favor de outro sistema de transportes e mobilidade, ele mostra que esta luta pode ser vitoriosa. Está focado na Holanda, provavelmente o país que melhor superou a locomoção baseada no automóvel individual — substituindo-a por uma vasta rede de trens, bondes e ciclovias.
Em seus 6m29, o documentário revela algo chocante: a cultura da bicicleta sempre foi forte na Holanda; no entanto, há menos de quarenta anos, o trânsito era tão hostil às bicicletas como o de nossas cidades. Num único ano (1971), houve 3,3 mil mortes no trânsito — entre os quais, 400 crianças — parte importante dos quais, ciclistas. Os dados são ainda mais expressivos por se tratar de um país cuja população (16,6 milhões) é semelhante à da região metropolitana de São Paulo.
As mortes estão estreitamente relacionadas a um processo muito semelhante ao vivido hoje no Brasil. Libertada do domínio nazista em 1945, a Holanda viveu, nos 25 anos seguintes, um enriquecimento acelerado, que beneficiou todas as classes sociais. A renda per capita cresceu 222%, entre 1948 e 1970. Boa parte dos que passaram a viver em condições mais favoráveis aspiravam ao padrão de consumo tradicional, em cujo centro está o automóvel. Para abrir avenidas, destruíam-se conjuntos residenciais e ciclovias. Praças foram convertidas em estacionamentos. O deslocamento médio realizado diariamente por um holandês passou de 3,9 para 23,2 km.
Dois fatores colocaram o modelo em xeque. O primeiro, e decisivo, foi uma intensa mobilização social contra a ditadura do automóvel, a partir dos anos 1970. Ele serviu-se do apego da população à bicicleta, que remota ao começo do século 20. Convergiu para intensas mobilizações em favor de um novo projeto de cidade. É algo que pode se dar também no Brasil contemporâneo, caso haja uma articulação mais forte entre movimentos como as lutas pelo direito à moradia, as bicicletadas e o ambientalismo urbano.
O primeiro choque mundial de combustíveis, em 1973, foi o catalisador final. Dependente do petróleo ao extremo, a Holanda viu-se contra as cordas, quando o preço do barril triplicou em poucas semanas. Porém, um governo ousado, dirigido pelo primeiro-ministro trabalhista Joop den Uyl, reagiu com medidas como os “domingos em carro” e a proibição dos automóveis no centro das cidades.
Combinada com a mobilização social já existente, esta atitude deu início a uma revolução urbana. O traçado viário das cidades foi inteiramente transformado, para que surgissem áreas seguras para ciclistas. O uso da bicicleta, que declinara 6% ao ano no pós-II Guerra, cresceu entre 30% e 60%, em poucos meses. Junto com as ciclovias, floresceu um vasto movimento de recuperação das cidades, que transformou em praças e parques áreas antes colonizadas pelos carros. A profusão de espaços públicos e os contatos sociais e a sensação de liberdade que eles proporcionam são, por sinal, um dos ingredientes centrais para o encantamento produzido por cidades como Amsterdam.
O documentário termina com uma provocação: “Os graves problemas causados pelo automóvel não eram uma exclusividade dos holandeses”, diz o locutor. E instiga: “A saída que eles encontraram também não precisa ser”…
Bastam alguns minutos, após descer na estação ferroviária de Amsterdam, para sentir a enorme transformação no ambiente urbano.
Fonte: Internet


CONVITE
Estamos  convidando todos os ciclistas que gostam de um bom pedal a se juntarem a nós neste evento. Atenção: Nestes períodos de alta temperatura, mais do que nunca faz-se necessário se hidratar durante o percurso. Também não esqueça dos quites de ferramentas e de primeiros socorros e de levar câmara de ar de reserva.

PARTICIPE VOCÊ TAMBÉM
Belo Jardim vai sediar a Oitava Edição do SESI Esporte e Cidadania, evento gratuito realizado nacionalmente em parceria com a Rede Globo que promove a adoção de hábitos saudáveis para os trabalhadores da indústria e comunidade. A ação será realizada no dia 10 de novembro, das 9h às 16h. Passeio ciclístico, caminhada, oficinas infantis e o Circuito Bem Estar, com aferição de pressão, glicemia, massagens e orientação nutricional são algumas das atividades na programação.
Solicitamos a todos os ciclistas membros do nosso clube que compareçam no horário marcado e devidamente equipados para dar exemplo.

Por: Geovane Bezerra

4 comentários:

  1. O passeio ciclístico do SESI, será as 15:30h.

    Conto com a participação de vocês ciclistas, pois este evento só tem a acrescentar ao nosso esporte. Vamos divulgar e incentivar o uso de bikes, um meio de transporte ecologicamente correto e que só trás benefícios ao corpo, mente e meio ambiente.

    RMS MODA ESPORTIVA
    Amaro Neto
    (81) 3726-3752

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  2. Galera a participação dos nossos ciclistas no Desfile do Dia 11 de Setembro e no Passeio do Dia das Crianças foi muito fraca. Pouquíssimos ciclistas participaram e deram a sua contribuição para a valorização do nosso esporte e para a divulgação do nosso clube, espero que ao menos neste vento a quantidade de ciclistas seja digna de elogio, afinal terá a cobertura da Rede Globo de Televisão e pegaria muito mal pára nós se apenas alguns poucos ciclistas nos representassem neste evento. Espero que vocês me compreendam pois estou pensando no melhor para o grupo como um todo.
    Geovane Bezerra

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  3. Será que você não dispõe de um vídeo com legenda ou tradução?

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  4. Alexsandro Cabral de Patos PB6 de nov. de 2012, 11:22:00

    Não é tão difícil fazer a coisa certa basta vontade política. É bem verdade que a Holanda já tinha uma tradição no uso da biciclet6a como meio de transporte mas qualquer país pode e deve adotar medidas como as deles. parabéns pela postagem.

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