6 de mai. de 2012

BRASILIENSES VÃO PARA A PRÓXIMA ESTAPA DA COPA INTERNACIONAL DE MOUNTAIN BIKE

Os quatro atletas da capital vão usar a caraterística camisa amarela, que identifica o vencedor da prova anterior. Eles contam as vantagens e os ônus do uniforme

Gustavo Moreno/CB 
Marconi, Abraão, Sérgio e Hélio: quem usa a camisa fica mais visado pelos adversários.

 No ciclismo, conquistar o pódio não é o único objetivo dos atletas. Aos vitoriosos de provas disputadas em mais de uma etapa, há uma forma especial de fazer com que a premiação não fique apenas guardada em caixas ou estampada na estante de casa. Com a medalha e o troféu, é oferecida uma camisa amarela, que deve ser usada na fase seguinte e serve para alertar aos adversários que tal ciclista é o atual líder do torneio. Ou seja, entre todos os atletas, aquele torna-se o alvo a ser combatido.

Na primeira etapa da Copa Internacional de Mountain Bike (CIMTB), disputada em Araxá (MG) no fim de março, quatro ciclistas da cidade se destacaram em suas categorias e conquistaram o uniforme amarelo. Foram eles: Marconi Ribeiro, na categoria sub-40, Abraão Azevedo, na sub-45, Sérgio Albernaz, na sub-55, e Hélio Vilela, na veterano.

Neste fim de semana, os quatro voltam a Minas Gerais, dessa vez em São Lourenço, para disputar a segunda fase e tentar manter a predominância do Distrito Federal em pelo menos quatro das 13 categorias. Mesmo com a vantagem de se posicionarem à frente do pelotão, o benefício nem sempre traz mais confiança ao atleta. “Nesse campeonato, os ciclistas estão sempre muito focados. Com certeza eles treinaram bastante para vencer essa etapa”, explica Hélio Vilela, 62 anos. “Agora fica ainda mais difícil. Você acaba sendo o mais visado e todo mundo só quer saber de te ultrapassar”, emenda Sérgio Albernaz, 51 anos, explicando o ônus da camisa amarela.

Mais experiente que Sérgio e Hélio, Marconi Ribeiro, 34 anos e há 20 no esporte, já nem se lembra de quantas vezes competiu vestindo o uniforme de destaque. Acostumado a receber algumas encaradas dos adversários, ele procura ignorar o fato de estar diferenciado. “O bom é que vira um problema para os outros. Ao me alinhar na frente, eu não corro o risco de sofrer acidente. Os que vêm atrás têm de me ultrapassar”, diz Marconi, vice-campeão da prova em 2010 e campeão no ano passado. “Mas ajuda porque você fica diferenciado. Aumenta também a chance de conseguir patrocínio”, aponta.

Avaliando a camisa amarela como uma forma de valorizar o atleta, Abraão Azevedo, campeão mundial em 2011 e referência do ciclismo candango, apesar de já ter recebido vários uniformes como prêmio, não os coleciona. “Muitos atletas me pedem e eu acabo doando. Entrego para aqueles que eu sei que vão valorizar e guardar com carinho”, conta, ao se lembrar de quando uma atleta não conseguiu concluir uma prova e, para animá-la, Abraão lhe entregou a camisa que havia conquistado.

Não recebeu
Na prova disputada por Hélio Vilela houve um problema na contagem do tempo e, por isso, ele voltou para casa sem o tal uniforme especial. Com a vitória confirmada, ele pegará a camisa amarela no dia da competição, no domingo.

Aos trancos e barrancos
Já famosa por seu nível de dificuldade, a etapa de domingo da Copa Internacional de Mountain Bike terá uma novidade que promete torná-la ainda mais dura. Um trecho de rock garden, percurso formado por grandes pedras em meio às trilhas, promete desafiar os ciclistas a se manterem sobre a bicicleta. “Para se ter uma noção da intensidade, deixaremos uma equipe médica ao fim da subida. Muitos chegam a passar mal, desmaiar. Outros não aguentam e finalizam o trecho a pé”, explica o organizador Rogério Bernardes. 

Apesar de não haver seletiva para disputar a prova, apenas os melhores ciclistas a competem. Além de ser um desafio concluir todas as voltas do circuito irregular de 5,5km, ela soma pontos para o ranking nacional e também para o da União Ciclística Internacional (UCI). “Essa é a principal competição da América Latina. Competem atletas que são referência na modalidade. Eu mesmo devo fazer um treino com os ciclistas que estão buscando uma vaga nas Olimpíadas, para ver como estou andando”, diz Abraão Azevedo, vencedor na elite em 2005.

Quase em Londres Entre os 750 atletas inscritos, três chegarão a São Lourenço com objetivo maior do que conquistar o título internacional. Rubens Donizete, Henrique Avancini e Edvando Cruz são os três brasileiros que brigam por uma vaga nas Olimpíadas de Londres. A disputa conta pontos para a União Ciclística Internacional (UCI) e ajuda a aumentar o ranking olímpico. Atualmente, o Brasil está em 19º lugar. Para conquistar a vaga, precisa se manter entre os 24 primeiros até o fim deste mês, quando a relação será fechada. 
  
Sensação muito boa
De acordo com Alexandre Leite, o fato de as pessoas relacionarem o suor à queima de gordura está ligado à questão psicológica. “O suor proporciona à pessoa uma sensação de bem-estar, de prazer. Quando se está praticando uma atividade e suando, parece que realmente há um esforço sendo realizado”, afirma o especialista.

Esse é o caso da defensora pública Márcia Domingos. Ela frequenta a academia seis vezes por semana, durante duas horas. Faz bicicleta, esteira, musculação e tudo mais o que estiver à disposição. Apesar de saber que o suor não está ligado à perda de calorias, Márcia gosta da sensação da transpiração. “Sou louca por exercício físico. E quando estou transpirando, parece que é mais real e que estou liberando toxinas. A sensação é boa”, diz. 

Estatísticas e curiosidades
» A água é indispensável à vida humana. Ela é responsável por cerca de 60% do peso de um adulto e esse percentual aumenta nos bebês: 70%

» Dependendo das reservas de gordura, os seres humanos podem passar longos períodos sem comer. Entretanto, o mesmo não ocorre sem o consumo de água. Em ambientes quentes, apenas alguns dias sem ingestão de água podem ser fatais

» Os especialistas aconselham a ingestão diária de 2,5 litros de água 
Marcela Mattos - Correio Braziliense

5 comentários:

  1. Os caras são realmente uns feras, mas gostaria de saber um pouco a respeito dos ciclistas pernambucanos. Será que da para vocês publicarem algo a respeito?

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    1. Caro companheiro anônimo, estamos pesquisando conteúdos de boa qualidade a este respeito e dentro em breve pretendemos estar postando uma matéria sobre os ciclistas pernambucanos para atender o seu pedido. Obrigado por acessar o este blog.

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  2. Michelly Alcântara - Blumenau SC10 de mai. de 2012, 19:12:00

    Conheço o potencial dos caras e sei que eles podem ir ainda mais longe.

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  3. Ana Paula de Salvador Bahia17 de mai. de 2012, 18:44:00

    Quando criança pratiquei muito o bicicross. Hoje sou uma ciclista urbana e só quando me sobra um tempo livre é que posso desfrutar de um bom pedal, mas agora na categoria Mountain Bike.

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  4. Acho que vocês deveriam se preocupar com coisas mais importantes,do que simplesmente falar de pessoas das quais nós não temos a menor ideia de quem sejam.

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